Jupiter 8 – A pequena maravilha
Jupiter 8 – A pequena maravilha
Há muitos anos, usando a Kiev 4 comprada no eBay, fiquei encantado com a lente Jupiter 8, 2/50. A forma como transpunha as coisas, principalmente os retratos era sublime. Quando a câmera chegou coloquei um filme que tirara da Zenit, porque a Zenit estava com um problema em disparar e aqui em casa mesmo fotografei meus filhos. Até hoje olho as fotos e fico bobo com os contrastes, as cores, etc.
Uma das fotos desse filme:
Porém, o tempo foi passando e um dia a Kiev travou. Tem conserto? Provavelmente, mas neste mundo digital e sendo cada vez mais difícil revelar terminamos adiando e adiando, até que já nem mais pensamos no assunto.
Porém, recentemente comprei uma Panasonic GF1, só para brincar, e ao mesmo tempo comprei uma Jupiter 8 2/50. Diferente da que eu também tenho, esta é da rangefinder russa de rosca, enquando a primeira é de baioneta e não tem regulagem de distância, que é no corpo da Kiev. Nesta versão de agora há uma regulagem de distância.
É claro, a Jupiter que na Kiev ou na de rosca é uma lente Normal, na Panasonic ela é uma lente de retratos sublime, porque nesta torna-se, pelo sensor bem menor que o filme, equivalente a uma 100mm.
Helios 44m6, parte 2.
Há alguns dias escrevi um pequeno release sobre a Helios 44m6 aqui mesmo no Blog:
Este segundo post veio em função da incrível resposta da lente em uma série de retratos que eu fiz no último Sábado, 18 de Novembro.
As fotos tem praticamente nenhum tratamento, senão a conversão defautl do raw, seguindo-de do ajuste do WB em função de terem sidas feitas na técnica UniWB, que requer este ajuste posterior.
Não houve tratamento localizado ou intervenções mais aprofundadas.
Mais uma vez a lente surpreendeu muito, mostrando excelente qualidade de resposta em boa luz.
***
Obrigado por ver.
Helios 44m6.
A Helios é uma objetiva abundante, em todos os sentidos.
Boa resposta em qualquer condição de luz, fácil de usar, construção robusta, é uma lente compacta e leve e, o melhor de tudo, baratíssima, o que faz com que a confundam como uma lente inferior por causa de seu preço quase que insignificante (paguei R$ 50,00 na minha).
Ultimamente, por estar fotografando bastante com uma Flektogon 35/2.4, minha Helios estava um pouco sem uso.
Além disto devido ao calor intenso o óleo interno escorreu para as lâminas do diafragma o que fazia com que a abertura não funcionasse 100% quando eu girava o anel, que prendia e eu tinha de fechar ou abrir mexendo no pino traseiro da lente.
Por causa disto, fiz uma revisão e ela voltou tinindo de nova, totalmente operável, o que me deu uma enorme vontade de usá-la.
No último fim de semana fiquei cerca de 3 dias fotografando bastante com ela e as imagens como sempre foram ótimas, ímpares.
É, de fato, uma lente muito boa por tudo que oferece e que dá gosto de usar.
O dilema do filme.
Há algum tempo que eu estava com vontade de fazer algumas imagens em filme, e cheguei a comentar com alguns amigos.
Então, comprei um rolo de filme no dia 09-12-2011,um Kodak Ultramax 400 24 poses.
Queria um filme rápido nos 2 sentidos, na velocidade e no número de poses.
Pensava que iria levar algum tempo para queimá-lo, mas em 2 dias consegui fotos para finalizá-lo.
A luta é depois …
Pus pra revelar no dia 12-11-2011 e tive de esperar 2 dias pra pegar o CD com as imagens escaneadas e gravadas em alta resolução.
Quando a gente vê os resultados sempre se anima, mas quando passa pelo processo vê a penúria que é fotografar com filme hoje em dia.
Da compra à vista das imagens, levando-se em conta que logo se queima o rolo, leva-se pelo menos 3 dias (na melhor das hipóteses 2 dias), enquanto que no digital é uma seção de fotos e a visualização/postagem é praticamente imediata.
Isto motiva e quando se está em fase de um estudo onde o tempo de visualização das imagens é capital o digital tem uma vantagem inestimada.
Sem contar nos custos envolvidos.
Não que o sistema digital não possua custos, mas a diluição no tempo em que se fotografa o torna praticamente nulo.
No filme, tomando como exemplo este caso útilmo, foram R$ 10,00 do rolo com mais R$ 15,00 da revelação e escaneamento em alta.
R$ 25,00 num rolo de 24 poses, um pouco mais de R$ 1,00 por foto se pensarmos que todas serão aproveitadas.
Muitas vezes a paixão se sobrepõe à razão, mas fotografar com filme hoje em dia tem de ser pensado …
Todo rolo foi feito com uma Minolta Maxxum 5 e uma Helios 44M6.
Saboreando a Helios.
Estas 2 fotos aqui mostradas foram feitas depois de uma conversa com um amigo que mora lá em João Pessoa-PB, o Marcos Borges Filho.
Hé cerca de 1 ou 2 anos atrás eu ganhei de outro amigo, o Pikyto, uma Zenit 122 com uma Helios 44M7.
A máquina tinha sido usada por ele anos atrás e usada também quando suas filhas estavam aprendendo a fotografar e estava encostada na casa dele há coisa de anos.
Usei-a durante algum tempo, inclusive fazendo fotos muito bacanas e depois presenteei-a ao Marcos.
Freqüentamos uma sala destinada a lentes mecânicas no fórum DigiForum e a gente sempre comenta sobre o poder de fogo da Helios, uma lente que eu gosto demais, principalmente no que diz respeito a imagem que produz, que não deve em nada a muita lente famosa que existe por aí.
Me lembrei das conversas com o Marcos e outros amigos e fiz as 2 imagens ontem de noite.
Novamente a lente surpreendeu; é realmente uma das que eu mais gosto.
A minha versão é a 44M6.
Aqui mesmo no Blog existe um review sobre ela feito pelo Ivan.
Fed 50/3.5 (Industar 10)
Sempre tive a curiosidade de experimentar a ótica das primeiras Elmar ou suas cópias. Vendo na rede as imagens produzida por estas, principalmente a 50/3.5. tanto em filme como adaptadas a câmeras digitais. Segundo o polêmico Ken Rockwell a Leitz Elmar 50/3.5 foi a lente que iniciou a fotografia em 35mm e acredito que a maior parte das Dslr são derivadas deste formato.
A distância de foco mínima costuma ser em torno de 1 metro e o dof bastante longo, áreas de desfocamento ainda são reconhecíveis . Eram assim o visual das fotografias antigas. Gosto desta linguagem. É possível conseguir o efeito usando algo mais atual, mas aonde fica o prazer de fazer com uma original? (riso). Fotografar com “história”, usando algumas das mesmas ferramentas e tendo as mesma possibilidade e limitações. Por vezes a leitura de uma imagem me leva a sua desconstrução, algo do tipo engenharia reversa e a refaço me colocando no lugar do autor tentando entender melhor as escolhas e muitas vezes revivo um momento que nunca vivi, talvez isto seja parte fotografia viva.
Em uma das andanças encontrei esta lente, como de costume pensando nos prós e contras. O contra é que já possuo algumas lentes na faixa do 50mm que mal uso. O pró foi o preço, apresentava um estado razoável e bem abaixo dos preços de mercado, inclusive o Ebay.
Antes mesmo de pagar já comecei testando dentro da loja.
Prateleira de lentes M42
Em contra-luz ocorre uma certa invasão que reduz o contraste que já considero suave, mas são as características que procurava experimentar, saindo quase que direto da câmera. Uma surpresa foi a nitidez. É uma lente antiga sendo sua fórmula bem anterior a fabricação. Algumas objetivas adaptadas rendem menos nos sensores das digitais.
Ainda pretendo experimentar mais, mas gostei dos primeiros resultados.
Mais algumas obtidas com ela:
Peleng fisheye 8mm/f3.5
Difícil alguém ficar indiferente aos seus resultados. Dos comentários que li e ouvi são “gosto” e “não gosto”. O seu uso é um tanto especifico. Gosto deste exagero na abrangência e a distorção nas formas.
Alguns fatos que aconteceram comigo em seu uso que acho interessante. Aprecio composição, estudo e experimento. No caso da Peleng sempre haverá cantos negros, poucas linhas que seja realmente retas, então usar geometria compositiva que estou mais acostumado se torna um desafio o que a deixa ainda mais divertida.
Outro fato é a exposição. Uso UniWB e fica configurado direto na minha câmera, então sempre aparecerá uma área de negro no histograma e as vezes pode complicar a fotometria. Lembrando que cenas com grande latitude são um problema também.
É uma das fisheyes mais em conta que se encontra no mercado. De fabricação russa e produzidas para diversos mounts. A cerca de 2 anos tenho usado praticamente apenas lentes mecânicas pelos preços baixos e a qualidade ótica. Acredito que muitos usuários de classic lenses tem esta diretiva e assim pensei muito, pois o preço não é dos mais atrativos. Ainda estou experimentando-a, assim que chegou fui testá-la fotografando o meu banheiro.
Um outro assunto que encontrei em vários comentários de fóruns tardiamente. O controle de qualidade e a embalagem não são um primor. Não é possível usar filtros no elemento frontal pela curvatura, tem uma rosca na parte traseira para isto e parece que existe um kit de filtros coloridos que acredito seja para controle de contraste em preto e branco da época das películas.
Veio com um filtro transparente que estava contaminado com cola, no começo pensei que fossem riscos. Também houve certa quantidade de resíduos não sei se de metal, resto de tinta ou pó que sempre iam parar no sensor. Perdi um bom tempo limpando ambas com bomba de ar, pincel e borracha, e confesso me ocorreu a idéia de passar o aspirador de pó na lente.
Fiz alguma fotos, mas uma série que achei interessante foi quando tive que usá-la por “apelação” . Convidado por amigos que tinha reservado lugar em um dos maiores Hanabi Taikai do país (show de fogos de artifício). A reserva feita era muito próxima. A solução foi usar fisheye.
A princípio tentei evitar o que os reviews dizem nos contras que é a tendência a flares e refração nas bordas.
Durante a queima de fogos o encontro das partes escuras produzidas no quadro pela lente se encontrando com as da cena não estavam me agradando. Foi quando me ocorreu de usar os “defeitos” a favor. Procurando ângulos e posições para forçar a aparecerem, este começaram a servir de moldura e delineando melhor a área que contém imagem.
A vários artigos revisões na rede, aqui um deles.
Artigos
na internet.
Existem alguns comentários sobre as poucas possibilidades de fazer um trabalho ou uso sério, mas concordo que é uma lente divertida.
Mais algumas fotos do festival de fogos.
Gato
Borboleta
“Qualidade Zeiss!”
“Qualidade Zeiss!”.
É uma expressão que a gente sempre lê ou ouve quando se trata de equipamentos fotográficos e quando quer se traduzir em poucas palavras o quesito excelência.
Muitas vezes a simples frase já é bem chamativa e passamos a nos perguntar se realmente uma outra expressão faz sentido: “ … quem tem fama deita na cama” … que significa a confirmação de certas situações.
Bem, eu sou cético na maior parte das vezes e sou como Santo Tomé, tenho de ver pra crer.
Usando constantemente lentes da qualidade da Helios e da Takumar, me parecia suficientemente expansivo o preço que se cobra pelas lentes Zeiss.
Minha curiosidade era grande, mas a falta de coragem e o preço mais barato por lentes que são ótimas, como as descritas acima, me impediam de investir cerca de R$ 600,00 em uma lente Zeiss.
Paguei pra ver e comprei uma.
De princípio, achei uma ótima lente, boa de manusear, boa de focar e com qualidade igualmente boa … mas não excepcional como descreviam reviews e opiniões encontradas em fóruns e listas de discussões.
Na verdade não havia de minha parte arrependimento, mas havia uma dúvida se a lente era realmente tudo aquilo que descreviam.
Comecei a usá-la sistematicamente, praticamente só fotografava com a lente e comecei a pegar o jeito dela … e aí veio a constatação …
A lente, e por conseguinte a ótica Zeiss, é realmente uma coisa absurda.
Nas últimas semanas fotografei com certa regulariade e produzi algumas imagens que, olhando bem calmamente, produzem um resultado que me parece superior quando comparadas com outras lentes.
As imagens abaixo publicadas são a prova que eu precisava para me sucumbir ao que tinha lido.
Cada uma com uma particularidade diferente dependendo das condições de luz em que foram feitas, mas todas elas com resultados estupidamente bons, para não dizer excelente.
Na foto abaixo nota-se o brilho na pele e os detalhes de nitidez surpreendente no cabelo e na garrafa de refrigerante, por exemplo.
Os vincos da camisa e os detalhes do prato metálico sobre a mesa.
A foto abaixo surpreende por detalhes como a cor da pele avermelhada, de minha sobrinha recém-nascida, algo característico em nenêns.
As diferenças sutis do branco e do bege dos vestuários do hospital, a transparência do berço, os detalhes dos bordados do travesseiro e do ‘amassado’ das roupas.
Na foto a seguir o suor do trabalhador, a fumaça do objeto que queima a pele do animal quando marca-o, a barba cerrada em tons brancos e escuros, os rasgados do boné, os diferentes tons de preto e marrons no couro do animal.
Na próxima é incrível notar as rugas bem demarcadas, as pintas nos braços, a nitidez da expressão da senhora e o emblema da marca do refrigerante muito bem delineado.
São apenas exemplos da capacidade de reter detalhes que a lente demonstra e produz.
A nitidez abundante, os contrastes certos e os desfoques suaves.
Se a Zeiss conquistou ao longo do tempo uma fama de marca conceituada e sinônimo de qualidade não foi à toa.
Bastou um par de meses e ‘meia-dúzia’ de fotos para que eu me rendesse.
É … “quem tem fama deita na cama.“… ou … “Qualidade Zeiss!”
Captura: Carl Zeiss Jena Flektogon 35/2.4.
Uma das melhores fotos que já fiz.
A foto mostrada é uma das melhores fotos que já fiz no tema street.
Pra quem entende um pouco de fotografia e se dedica ao assunto não é necessário explicações.
Carl Zeiss Jena Flektogon 35/2.4.